Junior Miranda

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Jean Wyllys diz que Feliciano é “canalha” e que Parada Gay é mais decente que cultos evangélicos

O deputado federal e ativista gay Jean Wyllys (PSOL-RJ) publicou uma série de tweets em sua página no microblog com críticas à postura adotada pelo pastor Marco Feliciano (PSC-SP) em relação às manifestações com vilipêndio aos símbolos cristãos na Parada Gay do último domingo, 07 de junho.

Wyllys afirmou que a iniciativa de Feliciano, de mostrar as fotos de agressões feitas a símbolos cristãos é “o cúmulo da canalhice e da sordidez”, porque o pastor teria usado imagens de outros protestos e atribuído aos ativistas gays.

O deputado que explora comercialmente a fé de seu rebanho com falsos milagres; insulta as religiões de matriz africana e a fé católica […] decidiu mostrar falsas fotos da Parada LGBT-SP a outros deputados conservadores e fundamentalistas religiosos em plenário, como se não bastasse para tal deputado usar suas redes sociais digitais para divulgar falsas fotos da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo. As falsas fotos são aquelas que, na verdade, foram tiradas em 2013 durante uma performance de anarco-punks na Marcha das Vadias do Rio. Ciente de que a performance artística da transexual crucificada não justifica a celeuma oportunista que ele e seus pares levantaram, o pastor-deputado et caterva decidiram recorrer à mentira e à fraude contra a Parada LGBT, como fizeram na época do Escola sem Homofobia”, escreveu Wyllys.

O termo “et caterva” é uma expressão em latim para se referir pejorativamente a um grupo de pessoas mal-intencionadas, e no contexto usado por Wyllys, Feliciano e seu bando de vilões teriam resolvido mentir, segundo o deputado.

Na sequência de seus tweets, Wyllys afirma que o pastor é incoerente e diz que a “putaria” da Parada Gay é mais decente do que a “enganação” promovida nos cultos evangélicos.

“Quando o confrontei pessoalmente há pouco, o pastor-deputado recuou, dizendo que ‘queria saber se aquelas fotos eram mesmo verdadeiras’. Sacando seu celular, mostrou-me fotos de excessos sexuais ao longo da Parada (fotos enviadas, segundo ele, por um tal de Felipe Campos). Lhe perguntei o que isso tem a ver com ‘ofensa à religião’, e lhe lembrei que o Carnaval está repleto de excessos praticados por héteros. Na Caldas Country, casais heteros transam em cima dos carros – e esses excessos nunca levaram os deputados como ele a fazerem celeuma.

A resposta do deputado que pede cartão-de-crédito (com senha!) aos meus questionamentos foi reafirmar que a Parada LGBT é uma ‘putaria’. E eu lhe respondi, de volta, que qualquer ‘putaria’ era mais decente que a enganação promovida por ele em sua igreja. Respondi que qualquer ‘putaria’ era mais decente que o ódio contra LGBT por eles estimulado e o recurso à mentira para manipular pessoas”, escreveu Wyllys.


Fonte: Gospel Mais
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Padres e pastores se negam a abençoar casamento coletivo com casal gay

No sábado aconteceu em Itajaí (SC) o tradicional casamento coletivo da cidade, uma cerimônia realizada há oito anos, mas que pela primeira vez teve a união civil de um casal gay.

Padres e pastores que geralmente participam da cerimônia abençoando os casais não quiseram participar e o assunto gerou polêmica na imprensa local.

Essa foi a primeira vez que a cerimônia foi apenas civil, dois juízes de paz uniram os 73 casais que participaram do evento anual e apesar da falta da bênção religiosa, o evento foi bastante emocionante para os noivos e seus familiares.

Um dos pastores convidados para dar a bênção aos noivos foi Adael Santos que realizou no ano passado o casamento de 74 casais. Porém este ano ele se negou a participar. “Este ano entre os casais há um relacionamento homossexual e por isso não haverá cerimônia religiosa. Nenhum pastor ou padre aceitou fazer”, disse ele no Facebook.


Casal homossexual que participou do casamento coletivo.

Ao jornal Diarinho, que circula na cidade, Santos explicou que padres e pastores seguem a Bíblia e que ela condena a relação homossexual. “Deus criou o homem e, de uma costela dele, criou a mulher. Este é o modelo de casal que ele abençoa, homem com mulher”, disse o pastor.

A diretora de Políticas Temáticas da Prefeitura e organizadora do casamento coletivo, Cristiane Stuart, disse que a inscrição do casal gay gerou polêmica no órgão e até sugeriram realizar um evento separado para não alterar a cerimônia que já faz parte do calendário de atividades da cidade.

“Sugeriram que fosse organizado um evento separado, mas não aceitamos. São todos iguais. Casam todos juntos”, disse Cristiane. “Não vamos deixar de aceitar casais homossexuais por causa disso”, afirma ela.

Fonte: Gospel prime
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