A Assembleia Nacional do Equador, o órgão legislativo da nação, mantém uma discussão sobre o Código Orgânico Integral Penal, que busca adicionar um artigo para descriminalizar o aborto por estupro. A proposta foi apresentada por Paola Pabón, membro do partido do governo, ato que foi qualificado como uma “traição” por parte do presidente.
Esta proposta não estava no projeto original, mas foi introduzida mais tarde. O texto indica solicitações que o aborto não seja punível “se a gravidez é resultado de estupro, interrupção que pode ser feita até a 12 ª semana de gestação”.
“Se o grupo de pessoas desleais à maioria do bloco parlamentário da Aliança País tiverem êxito no que desejam, eu, imediatamente, apresentarei minha renúncia ao cargo, porque por meus princípios de defender a vida, estou disposto a renunciar e a história saberá julgar”, disse ele, segundo os jornais locais.
Ele também disse “Tem me custado muito mais trabalho as deslealdades, traições dos supostos amigos, que os acertos dos inimigos”.
O presidente lamentou dizendo estar “esgotado” das traições e deslealdades: “Estou cansado disso, de que se tomem decisões, falem de democracia e logo fazem o contrário para ver se aproveitam a oportunidade”, afirmou ele.
O presidente equatoriano foi claro ao afirmar que, apesar de parlamentares apoiarem a nova norma: “jamais aprovarei a descriminalização do aborto“, e observou que a Constituição defende a vida desde a concepção e não endossa o aborto.
“Onde se fala de descriminalizar o aborto? Pelo contrário, a Constituição diz defender a vida desde a concepção”, disse ele, que é um católico fervoroso.
“Temos falado muito claro, que qualquer coisa que se desvia dessa linha simplesmente é traição, e parece que isso esta acontecendo na Assembleia”.
Fonte: Portal Padom
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