Bento XVI fala sobre o valor da família e sobre os cristãos perseguidos.
O Papa Bento XVI condenou hoje (9/1) as políticas dos países que, ao questionar a família como a união entre um homem e uma mulher. “As políticas que atentam contra a família ameaçam a dignidade humana e o próprio futuro da humanidade”, declarou ele diante de 160 diplomatas, incluindo 115 embaixadores credenciados na Santa Sé.
Na Sala Régia do Vaticano, Bento XVI reiterou o pedido pelo “fim do derramamento de sangue” no conflito civil na Síria e pediu a abertura de um “diálogo frutífero entre os políticos” daquele país, com a presença de “observadores independentes”.
“Convido a comunidade internacional a dialogar com os atores do processo em curso, no respeito pelos povos e conscientes que a construção de sociedades estáveis e reconciliadas, que se opõem a qualquer discriminação injusta, em particular de ordem religiosa, constitui um horizonte mais vasto e mais longínquo que o das eleições”, afirmou o papa, referindo-se aos acontecimentos na Síria.
“Tenho uma grande preocupação pelas populações dos países nos quais continuam a existir tensões e violência. O respeito pelas pessoas deve estar no centro das instituições e das leis, deve conduzir ao fim de qualquer violência e prevenir o risco que a atenção devida aos pedidos dos cidadãos e a necessária solidariedade social se transformem em simples instrumentos para manter ou conquistar o poder”, acrescentou.
O Vaticano diz estar preocupado com a situação das minorias cristãs do Oriente Médio e África, que precisam muitas vezes fugir dos países que moravam por causa das ameaças de grupos muçulmanos radicais.
Em muitos países os cristãos são privados dos direitos fundamentais e postos à margem da vida pública”, afirmou o papa, lembrando do antigo ministro das minorias paquistanês, o católico Shahbaz Bhatti, assassinado em março do ano passado durante um atentado.
Falando sobre a África, lamentou que o objetivo da reconciliação e do respeito de “todas as etnias e religiões” ainda esteja longínquo, especialmente na Nigéria, na Costa do Marfim, na região dos Grandes Lagos e no Cifre da África.
“É essencial que a colaboração entre as comunidades cristãs e os governos ajude a percorrer o caminho da justiça, da paz e da reconciliação, onde os membros de todas as etnias e de todas as religiões sejam respeitados”, disse ainda sobre o continente africano.
Em relação à Terra Santa, o papa apelou que os responsáveis palestinos e israelenses “tomem decisões corajosas e claras em favor da paz”.
Fonte: Gospel prime
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