Novo vídeo do atirador do Realenga é divulgado pela policia... assista

Um vídeo caseiro recuperado do computador do homem que promoveu um massacre em uma escola de Realengo, no Rio de Janeiro, foi divulgado na tarde desta quarta-feira pela Polícia Civil. De acordo com as investigações, o último acesso ao vídeo teria acontecido em junho ou julho de 2010, mas a polícia ainda não conseguiu descobrir quando as imagens foram feitas.

Nas imagens, Wellington Menezes de Oliveira aparece lendo um texto de uma folha de papel e diz que se sente humilhado e desrespeitado. “A maioria das pessoas me desrespeita, acham que sou um idiota, se aproveitam de minha bondade, me julgam antecipadamente. São falsas, desleais”, diz.
Na gravação, que dura pouco mais de 50 segundos, ele dá indícios de uma ação que pode ter sido o massacre cometido por ele na última quinta-feira, que acabou com 12 crianças mortas. “Descobrirão quem eu sou da maneira mais radical numa ação que farei pelos meus semelhantes, que são humilhados, agredidos, desrespeitados em vários locais, principalmente em escolas e colégios, pelo fato de serem diferentes, de não fazerem parte do grupo dos infiéis, dos desleais, dos falsos, dos corruptos, dos maus. São humilhados por serem bons.”
Ontem, a Polícia havia divulgado outras imagens também gravadas pelo assassino. No vídeo, o assassino diz que foram feitas dois dias antes do crime. Nos vídeos, ele contou como teria planejado o ataque e que teria ido algumas vezes ao colégio para analisar o local. O atirador também fala, de forma confusa, sobre as causas que o teriam levado a cometer o crime.
Tragédia
Na última quinta-feira, Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, protagonizou um trágico massacre contra crianças de uma escola municipal em Realengo na zona oeste do Rio de Janeiro. Sem motivo aparente, armado com dois revólveres e com um cinturão de carregadores, o jovem disparou mais de cem tiros contra os estudantes. Em seguida, após ser atingido por um policial militar, se matou.
Wellington é filho adotivo de Guido Bulgana Cubas de Oliveira e Dicéia Menezes de Oliveira, os dois já estão mortos. Ele foi adotado quando ainda era bebê. A irmã de criação do assassino, Rosilane de Oliveira, de 49 anos, afirmou que ele não tinha amigos, ultimamente havia deixado a barba crescer e se interessado por temas islâmicos.
O jovem que era ex-aluno da instituição não tinha antecedentes criminais. Na carta encontrada com o atirador ele fala de questões religiosas e dá indícios de que o ataque foi premeditado. Wellington pede ainda para que as pessoas que fossem cuidar do enterro dele, para lhe banhar, secar envolver em um lençol branco que ele deixou, em uma bolsa dentro de uma sala da escola. O assassino pediu ainda para ser enterrado ao lado da sepultura da mãe.

Fonte: eBand / Portal Padom