Junior Miranda

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Ator Wagner Moura afirma não crer em Deus como descrito na Bíblia, mas pondera: “não tem como não acreditar em Jesus”

Ator Wagner Moura afirma não crer em Deus como descrito na Bíblia, mas pondera: “não tem como não acreditar em Jesus”O ator Wagner Moura, que interpretou o personagem “Capitão Nascimento” nos filmes Tropa de Elite, afirmou que “Deus somos nós no domínio pleno de nosso potencial cerebral”.

As declarações foram feitas durante uma entrevista à revista Rolling Stone e republicadas em um artigo no blog Nossa Brasilidade, de Marcos Almeida, integrante da banda Palavrantiga.

O ator identifica-se como “filho de pais espíritas, que foi coroinha de igreja quando garoto, teve passagens pelo candomblé e admira os rituais de todas as religiões que conhece” e afirma acreditar em Jesus, mas não na narrativa bíblica que trata da crucificação e ressurreição.

“Não compro todo o papo do Deus cristão, e onda toda dos testamentos não faz sentido pra mim. Mas não tem como não acreditar em Jesus, que é um cara … que andou ali pela Galileia e descobriu uma coisa genial. Naquela época, o cara … era o da espada e Jesus foi lá e disse: ‘Brother, a parada é o amor, é o papo, é a gente se gostar’… Mas ai aquele papo de cruz, ressurreição e tal… é muito difícil pra mim”, diz Wagner Moura.

Apesar de sua descrença em relação ao Deus pregado pelo cristianismo, afirma que acredita em um ser superior, e que encontra isso no teatro: “Acredito no metafísico, nas coisas que a gente não enxerga com nossa visão limitada. No teatro, tem às vezes uma hora em que uma fagulha te faz sentir em comunicação com algo que você não sabe o que é direito. É algo inexplicável. O palco é um templo. Acho que o ritual das religiões tem muito a ver com o rito do teatro. Aquela repetição toda me parece uma tentativa de entender alguma coisa que, talvez, em última instancia, seja esse Deus”.

Fã de música, Wagner ironiza ao afirmar que sua crença está ligada a uma banda: “Eu sou da religião do Radiohead, de uma forma bastante praticante. No show aqui no Rio eu estava fazendo Hamlet e cheguei a tempo de pegar as quatro últimas músicas. Mesmo assim foi o melhor show da minha vida. No mundo da arte hoje em dia nada me encanta mais que o Radiohead. Gosto muito do rock inglês. Para mim, a maior banda de todos os tempos foi The Smiths”.

Fonte: Gospel+
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