Junior Miranda

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Ateus que processavam padre que ministrou nos escombros do World Trade Center retiram ação por falta de fundamentação jurídica

Ateus que processavam padre que ministrou nos escombros do World Trade Center retiram ação por falta de fundamentação jurídicaUm grupo de ateus movia uma ação contra um sacerdote católico que ficou conhecido como o “padre da cruz do World Trade Center”, mas desistiu do processo por falta de argumentos legais.

Após os ataques terroristas do 11/09, o calor das explosões fez com que duas vigas de metal se fundissem entre si, e tomassem o formato de uma cruz. Quando as equipes de resgate encontraram a cruz, passaram a tê-la como um sinal de incentivo para a tarefa de remover entulhos em busca de corpos. Na ocasião, o padre franciscano Brian Jordan abençoou o objeto, e sua paróquia, Igreja do Santo Nome de Jesus, passou a realizar missas no local.

Quando foi inaugurado o National September 11 Memorial & Museum (em tradução livre, Museu e Memorial Nacional 11 de Setembro), em memória das vítimas dos ataques terroristas, o objeto foi mantido no espaço chamado como “Marco Zero”.

A partir daí, os ativistas ateus da American Atheísts, Inc. o quiseram processar por ser o “responsável pela colocação de um símbolo religioso do cristianismo em uma propriedade do governo, em conjunto com uma cerimônia religiosa”. A ação também envolvia as autoridades portuárias do estado de Nova York e Nova Jersey, o próprio Museu e a igreja pela qual o padre é responsável.

Porém, de acordo com analistas jurídicos, a ação não tinha nenhum fundamento, pois o padre não é uma autoridade pública: “A Constituição claramente aplica-se somente a ações governamentais que ‘estabelecem’ uma religião ou proíbam o ‘livre exercício’ de uma crença religiosa de uma pessoa ou entidade religiosa. As pessoas privadas, inclusive sacerdotes, não podem violar a Primeira Emenda, porque não são atores do governo”, afirmou Gerard J. Russello, editor do The University Bookman.

Russello também afirmou que os argumentos dos ateus poderiam ser usados contra eles mesmos pelos religiosos: “O que passariam a maioria dos cristãos, que poderiam sentir que uma decisão de proibir a inclusão de um objeto em forma de cruz em um museu nacional seria uma afronta a suas crenças religiosas?”, questiona o especialista.

Para Gerard J. Russello, a atitude dos ateus foi um ataque ao direito de crença: “a liberdade de praticar o catolicismo (…), está protegida pela Cláusula do Livre Exercício da Primeira Emenda”.

O padre, por sua vez, ressalta as lembranças que o objeto proporciona: “Passei muitos, muitos meses atendendo os trabalhadores do resgate no ‘Marco Zero’. Seus espíritos se elevaram ao recordar que Deus está ainda conosco, inclusive quando ocorre um desastre inimaginável. E, assim, a Cruz do World Trade Center converteu-se em uma fonte de inspiração para aqueles trabalhadores”.

Fonte: Gospel+
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