Junior Miranda

terça-feira, 28 de junho de 2011

MILHÕES EM SÃO PAULO ACUSAM STF DE RASGAR A CONSTITUIÇÃO

Uma gigantesca multidão, estimada entre um e cinco milhões de 
pessoas, participou nesta quinta feira, dia 23 de junho de 
2011, da 19ª edição da Marcha para Jesus, uma das maiores 
manifestações religiosas do planeta. 

O evento transformou-se em um palco para pesadas críticas ao Supremo 
Tribunal Federal. 

A imprensa noticiou que os pastores atacaram duramente a decisão do 
STF de legalizar a união estável entre pessoas do mesmo sexo, mas 
o exame atento das acusações apresentadas revela que o maior problema 
denunciado foi a instauração de um golpe à democracia brasileira. 
Os juízes querem atribuir-se o direito de legislar, ignorando os 
sentidos óbvios da Constituição que deveriam guardar, impondo ao 
povo brasileiro aquilo que está sendo preparado por uma agenda 
estabelecida por organizações internacionais. 

O Pastor Silas Malafaia afirmou contundentemente, sob o aplauso da 
enorme multidão: 

"O STF RASGOU A CONSTITUIÇÃO QUE, NO 
ARTIGO 226, PARÁGRAFO 3º, DIZ 
CLARAMENTE QUE UNIÃO ESTÁVEL É ENTRE UM 
HOMEM DO GÊNERO MASCULINO E UMA MULHER 
DO GÊNERO FEMININO". 

O pastor também atacou a decisão do STF de liberar as marchas da 
maconha no Brasil: 

"AMANHÃ SE ALGUÉM QUISER FAZER UMA 
MARCHA EM FAVOR DA PEDOFILIA, DO CRACK 
OU DA COCAÍNA VAI PODER FAZER. NÓS, EM 
NOME DE DEUS, DIZEMOS NÃO." 

O senador Marcelo Crivella, também presente à marcha, 
manifestou-se duramente em relação ao STF que, segundo ele, 
está agindo politicamente e se imiscuindo em temas que dizem respeito 
ao Legislativo: 

"O CONGRESSO TEM QUE SE LEVANTAR CONTRA 
O ATIVISMO POLÍTICO DO STF. SÓ O 
CONGRESSO PODE DETÊ-LOS", 

afirmou o senador. Crivella acrescentou que não é possível que onze 
juízes, escolhidos apenas por um só homem, queiram legislar no lugar 
de centenas de parlamentares, eleitos por duzentos milhões de 
brasileiros. 

A intenção de legislar do Supremo Tribunal Federal é manifesta e 
não é de agora. 

Em 2008, durante o julgamento que liberou a destruição de 
embriões humanos para pesquisas científicas, o ministro Marco 
Aurélio de Melo afirmou, diante das câmaras de televisão, A 
SUA ESPERANÇA DE NÃO SE APOSENTAR SEM 
QUE O STF TIVESSE LIBERADO NÃO APENAS O 
ABORTO PARA OS FETOS PORTADORES DE 
ANENCEFALIA, MAS TAMBÉM O ABORTO EM 
GERAL, uma prerrogativa que claramente pertence unicamente ao 
Poder Legislativo. 

Assista no You Tube o impressionante posicionamento do Pastor Silas 
Malafaia sobre o rumo dos pronunciamentos do Supremo Tribual 
Federal, diante do aplauso entusiástico de mais de um milhão de 
pessoas: 

http://www.youtube.com/watch?v=DOnW0kOJeW8 

Nos últimos dias as igrejas evangélicas têm distribuído diversos 
vídeos sobre os novos procedimentos claramente inconstitucionais do 
STF. 

O Pastor Daniel Sampaio, comentando o reconhecimento da união 
homoafetiva como entidade familiar por parte do STF, em vídeo no 
You Tube cuja audiência aumenta à razão de dez mil novos acessos 
por dia, coloca toda a ênfase do problema, mais do que no próprio 
reconhecimento da união homoafetiva, no "ATROPELAMENTO 
DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL PELO STF", 
afirmando que "TUDO FOI PROGRAMADO PELO 
GOVERNO FEDERAL" e que, se os evangélicos e o 
Congresso Nacional não se posicionarem energicamente, o que 
"ESTAMOS ENFRENTANDO É UM GOLPE DE 
ESTADO" e o início de "UMA NOVA DITADURA": 

"A CASA QUE DEVERIA SER A GUARDIÃ DA 
CONSTITUIÇÃO ATROPELA A MESMA 
CONSTITUIÇÃO", 

afirma o Pastor, ao que ele acrescenta que "A INICIATIVA 
PARTIU DO PRÓPRIO GOVERNO FEDERAL, VIA 
PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA". 

"SE O STF FOSSE UMA ENTIDADE SÉRIA", 

continua o pregador, deveria ter declarado ser 

"INCAPAZ DE JULGAR O TEMA, UMA VEZ QUE A 
CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA AFIRMA QUE, 
PARA EFEITO DE PROTEÇÃO DO ESTADO, É 
RECONHECIDA A UNIÃO ESTÁVEL DO HOMEM E 
DA MULHER COMO ENTIDADE FAMILIAR E, 
PORTANTO, PARA ANALISAR O QUE A 
PROCURADORIA PEDE, SERIA NECESSÁRIO 
ANTES MUDAR A CONSTITUIÇÃO". 

O Pastor Daniel conclui: 

"SE O GUARDIÃO DA CONSTITUIÇÃO 
ATROPELA A CONSTITUIÇÃO, O QUE ESPERAR 
DE NOSSA NAÇÃO? O QUE ACONTECEU ESTA 
SEMANA FOI UM GOLPE DE ESTADO, HOUVE UM 
ATROPELO À CONSTITUIÇÃO FEDERAL, O STF 
INTRODUZIU A DESOBEDIÊNCIA CIVIL. A 
CONSTITUIÇÃO DIZ QUE UMA ENTIDADE 
FAMILIAR É UMA UNIÃO ESTÁVEL ENTRE UM 
HOMEM E UMA MULHER. SE O GUARDIÃO DA 
CONSTITUIÇÃO ABRE BRECHA EM RELAÇÃO A 
ISSO, ENTÃO QUALQUER COISA PODE SER 
FEITA NESTA NAÇÃO". 

Na segunda parte do vídeo o pastor, citando outros fatos menos 
conhecidos pelo público, afirma que, 

"TUDO FOI, NA REALIDADE, PROGRAMADO 
PELO GOVERNO FEDERAL". 

"SE O SUPREMO PODE APROVAR ESTA LEI, 
ENTÃO O GOVERNO TAMBÉM PODE APROVAR O 
ABORTO. QUALQUER COISA QUE O GOVERNO 
QUISER APROVAR NÃO PRECISARÁ PASSAR 
PELA CASA DO LEGISLATIVO". 

"PORTANTO EU PERGUNTO AOS DEPUTADOS 
QUE ESTÃO ME OUVINDO: OS SENHORES IRÃO 
ACEITAR ISSO? PARA QUE EXISTE O 
LEGISLATIVO? NÃO É A CASA DAS LEIS? 
ENTÃO AGORA O GOVERNO VAI PASSAR PELOS 
SENHORES E APROVAR AS LEIS VIA 
JUDICIÁRIO?" 

"O JUDICIÁRIO TEM QUE FAZER CUMPRIR AS 
LEIS QUE SÃO APROVADAS NO LEGISLATIVO E 
SANCIONADAS PELO EXECUTIVO". 

"IRMÃOS, NÓS ESTAMOS ENFRENTANDO NO 
BRASIL UMA DITADURA. ISTO É UM GOLPE. 
AVILTARAM A CONSTITUIÇÃO FEDERAL. QUEM 
DEVERIA DEFENDER A CONSTITUIÇÃO ESTÁ 
PASSANDO POR CIMA DELA. E O PIOR DE 
TUDO: A IMPRENSA APLAUDINDO, A ORDEM 
DOS ADVOGADOS DO BRASIL APLAUDINDO. 
PARECE QUE ESTÃO TODOS CEGOS. O QUE 
ESPERAR MAIS DISSO?" 

"ESTA SEMANA FIQUEI COM VERGONHA DE TER 
NASCIDO NESTE PAÍS. SENTI VERGONHA 
PORQUE ME SENTI ULTRAJADO NO MEU 
DIREITO. PASSARAM POR CIMA DA 
CONSTITUIÇÃO. OS SENHORES MINISTROS 
DEVERIAM DEFENDER A CONSTITUIÇÃO ASSIM 
COMO EU ESTOU AQUI PARA DEFENDER A 
PALAVRA DE DEUS". 

http://www.youtube.com/watch?v=WIf1-qsVQ7g&feature=youtube_gdata_player 

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Leia a seguir: 

BLOG DO REINALDO DE AZEVEDO: A MARCHA 
PARA JESUS, A PARADA GAY E OS MEDOS 

FOLHA DE SÃO PAULO: MARCHA VIRA PALCO 
PARA CRÍTICAS AO STF 

MARCHA PARA JESUS VIRA ATO CONTRA UNIÃO 
HOMOAFETIVA 

IGREJA ATACA UNIÃO GAY 

============================================== 

Blog do Reinaldo de Azevedo: 

A MARCHA PARA JESUS, A PARADA GAY E OS 
MEDOS 

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/a-marcha-para-jesus-a-parada-gay-e-os-medos/ 

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A Marcha para Jesus, evento convocado por várias denominações 
evangélicas e que acontece anualmente em São Paulo, reuniu muita 
gente ontem. Os organizadores falaram em 5 milhões. É um possível 
exagero. A Polícia Militar, em 1 milhão, mas esse número, 
deixou claro, dizia respeito apenas às pessoas que se concentravam na 
praça Heróis da FEB, na Zona Norte da cidade, local de chegada 
da caminhada. O ponto principal da concentração, a partir das 
10h, era a Praça da Luz. Mas havia dezenas deles espalhados no 
trajeto. 

As ruas foram tomadas por um mar de fiéis. Cinco milhões? É 
muito! Um milhão? É pouco! A verdade deve andar aí pela metade 
da soma dos dois números (3 milhões?), o que já é algo 
fabuloso, sobretudo porque, à diferença de algumas concentrações 
festivas ou de apelo carnavalesco, esta congrega pessoas com 
convicções religiosas, realmente engajadas na causa. 

A Marcha para Jesus acontecia [antigamente] na Avenida Paulista e 
adjacências. Dados o número de pessoas e os transtornos óbvios que 
ela provocava no trânsito da cidade, as lideranças evangélicas 
concordaram com a mudança de lugar. Como Deus, a rigor, não 
precisa nem mesmo de um templo, também não precisa da Paulista. A 
tal Parada Gay, no entanto, que também reúne milhões (boa parte 
de curiosos) e que interfere drasticamente no direito de ir e vir, 
continua a ser realizada na avenida. Em nome de Deus, não se pode 
parar o trânsito, mas da causa gay, sim, de onde decorre um 
corolário: no que concerne ao direito de ir e vir ao menos, a 
militância homoafetiva está acima do divino! De saída, uma 
questão óbvia: ou a Marcha para Jesus volta para a Paulista, ou a 
Parada Gay sai da Paulista. E quem criou essa oposição não fui 
eu, mas o poder público. Adiante. 

Vocês sabem que o segredo de aborrecer é dizer tudo. Embora, do 
Jornal Nacional, tenha sobrado a impressão de que milhões estavam 
nas ruas só dando "vivas" a Jesus, a verdade é que o evento se 
caracterizou por duros discursos contra o Supremo Tribunal Federal, 
especialmente pela reconhecimento da união civil entre homossexuais e 
pela liberação da Marcha da Maconha - uma decisão fere o Artigo 
226 da Constituição; a outra, o Artigo 287 do Código 
Penal. 

Informa a Folha: 

"O pastor Silas Malafaia, da Assembléia de Deus Vitória em 
Cristo, chegou a recomendar aos fiéis que não votem em políticos 
que sejam favoráveis à união gay. ‘O POVO EVANGÉLICO 
NÃO VAI SER CURRAL ELEITORAL’, disse. ‘SE 
GOVERNADOR, PREFEITO OU PRESIDENTE FOR 
CONTRA A FAMÍLIA, NÃO TERÁ NOSSO VOTO.’ 
Para Malafaia, o Supremo ‘RASGOU A 
CONSTITUIÇÃO’ AO PERMITIR A UNIÃO 
CIVIL ENTRE HOMOSSEXUAIS'. O pastor negou que 
seja homofóbico. No Congresso, 71 deputados e três senadores 
são ligados a igrejas evangélicas. O Pastor da Igreja Universal, 
o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) criticou o 
‘ATIVISMO JUDICIAL’ e disse que ‘NÃO É 
POSSÍVEL QUE SEIS ILUMINADOS SE 
JULGUEM CAPAZES DE DECIDIR POR 200 
MILHÕES’. 

Aqui só um reparo ao que diz Crivella: os 11 do Supremo têm, 
sim, o papel de decidir questões constitucionais que dizem respeito a 
200 milhões. O que não podem fazer, aí sim, é atuar contra a 
letra da Constituição e dos códigos legais em nome do tal "ativismo 
judicial" ou o que seja. Até porque, havendo ativismo judicial de 
um lado, é quase certo que algum outro Poder, no caso, o 
Congresso, está a padecer de "passivismo legislativo"! 

Este Brasil que marchou ontem costuma ser tratado a pontapés na 
"imprensa progressista", tanto quanto aquele que marchará depois de 
amanhã parece carregar todos os valores do humanismo superior, embora 
ninguém tenha dúvida de qual deles está de acordo com os valores da 
esmagadora maioria dos brasileiros. 

============================================== 

FOLHA DE SÃO PAULO: MARCHA VIRA PALCO 
PARA CRÍTICAS AO STF 

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po2406201108.htm 

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Número de fiéis atraído pela Marcha para Jesus em São Paulo 
ficou entre 1 milhão e 5 milhões, de acordo com estimativas. 

Líderes evangélicos transformaram ontem a Marcha para Jesus, em 
São Paulo, em palco para críticas ao Supremo Tribunal Federal e 
uma exibição de força política. 

Os alvos principais foram as recentes decisões em que o STF 
reconheceu a união estável de casais homossexuais e liberou 
manifestações pela liberação da maconha. 

O pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em 
Cristo, chegou a recomendar aos fiéis que não votem em políticos 
que sejam favoráveis à união gay. "O POVO EVANGÉLICO 
NÃO VAI SER CURRAL ELEITORAL", disse. 

"SE GOVERNADOR, PREFEITO OU PRESIDENTE 
FOR CONTRA A FAMÍLIA, NÃO TERÁ NOSSO 
VOTO." 

Para Malafaia, o Supremo "RASGOU A 
CONSTITUIÇÃO" ao permitir a união civil entre 
homossexuais. O pastor negou que seja homofóbico. 

No Congresso, 71 deputados e três senadores são ligados a igrejas 
evangélicas. 

O apóstolo Estevam Hernandes, líder da Renascer em Cristo e 
principal organizador da Marcha, disse que a manifestação não tem 
caráter político, mas reconheceu a influência dos líderes. Ele 
também se pronunciou contra as decisões do STF. "ENQUANTO 
A MACONHA NÃO É LIBERADA, É INCOERENTE 
MARCHAR POR AQUILO QUE NÃO É LEGAL", disse 
Hernandes. 

Pastor da Igreja Universal, o senador Marcelo Crivella 
(PRB-RJ) criticou o "ATIVISMO JUDICIAL" e 
disse que "NÃO É POSSÍVEL QUE SEIS 
ILUMINADOS SE JULGUEM CAPAZES DE 
DECIDIR POR 200 MILHÕES". O STF é composto 
por 11 ministros. 

O senador Magno Malta (PR-ES) afirmou que os evangélicos 
esperam respeito dos homossexuais. "O VERDADEIRO 
SUPREMO É DEUS", disse. 

A marcha atraiu uma multidão de fiéis que seguiu sete trios 
elétricos e percorreu 4 quilômetros do centro de São Paulo até a 
zona norte. A manifestação é realizada todo ano na cidade desde 
1993. 

POLÍCIA ESTIMA PÚBLICO DO ATO EM 1 
MILHÃO 

A Igreja Renascer em Cristo estimou em 5 milhões o público 
presente na Marcha para Jesus durante todo o percurso do evento, que 
durou cerca de 12 horas. Segundo a igreja, a contagem é feita a 
partir da experiência dos outros anos. 

Já a Polícia Militar disse que 1 milhão de pessoas assistiram aos 
shows na praça -o cálculo não considera quem seguiu a Marcha. 
Segundo a PM, o levantamento é feito com base em fotos tiradas de 
helicóptero. Os dados são calculados por um software específico. 
O método da polícia consiste em multiplicar a extensão territorial 
ocupada pelo chamado "coeficiente de concentração". 

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MARCHA PARA JESUS VIRA ATO CONTRA UNIÃO 
HOMOAFETIVA 

http://www.tosabendo.com/conteudo/noticia-ver.asp?id=90795 

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A 19ª edição da Marcha para Jesus, uma das maiores 
manifestações religiosas do planeta, se transformou em um ato de 
afronta ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ameaças aos 
políticos por parte de lideranças evangélicas. Apesar dos esforços 
dos organizadores para restringir o enfoque a temas religiosos, 
assuntos como a união civil de pessoas do mesmo sexo, homofobia e 
legalização da maconha acabaram dominando os discursos de alguns 
líderes religiosos. 

"A MARCHA NÃO DEIXA DE SER UM ATO 
POLÍTICO", resumiu o senador Marcelo Crivella 
(PRB-RJ), ligado a Igreja Universal do Reino de Deus. 

O discurso mais radical foi do pastor Silas Malafaia. Com 
palavreado vulgar, usando termos como "OTÁRIO" e "LIXO 
MORAL", Malafaia atacou duramente a decisão do STF de 
legalizar a união estável entre pessoas do mesmo sexo: 

"O STF RASGOU A CONSTITUIÇÃO QUE, NO 
ARTIGO 226, PARÁGRAFO 3º, DIZ 
CLARAMENTE QUE UNIÃO ESTÁVEL É ENTRE UM 
HOMEM DO GÊNERO MASCULINO E UMA MULHER 
DO GÊNERO FEMININO. UNIÃO HOMOSSEXUAL 
UMA VÍRGULA", 

disse o pastor. Na sequência, Malafaia passou a atacar a decisão 
do STF de liberar as marchas da maconha no Brasil: 

"AMANHÃ SE ALGUÉM QUISER FAZER UMA 
MARCHA EM FAVOR DA PEDOFILIA, DO CRACK 
OU DA COCAÍNA VAI PODER FAZER. NÓS, EM 
NOME DE DEUS, DIZEMOS NÃO." 

A multidão, estimada pela Polícia Militar em 1 milhão de pessoas 
- e pelos organizadores em 5 milhões - foi ao delírio e respondeu 
com gritos de "não, não" com os braços levantados para o céu. 

Malafaia ameaçou orientar seus fiéis a não votarem em parlamentares 
que defendem o Projeto de Lei 122/2006, que criminaliza a 
homofobia no País. 

"NINGUÉM AQUI VAI PAGAR DE OTÁRIO, DE 
CRENTE, NÃO. SE FOR CONTRA A FAMÍLIA 
NÃO VAI TER O NOSSO VOTO", ameaçou. 

O pastor defendeu a desobediência por parte de pastores caso o PL 
122 seja aprovado. "Eles querem aprovar uma lei para dizer que a 
Bíblia é um livro homofóbico e botar uma mordaça em nossa boca. 
Se aprovarem o PL 122 no mesmo dia, na mesma hora, tudo quando 
é pastor vai pregar contra a prática homossexual. Quero ver onde vai 
ter cadeia para botar tanto pastor." 

'LIXO MORAL' 

Malafaia classificou como "LIXO MORAL" as pessoas que 
questionam a interferência das igrejas em assuntos do governo e, 
embora tenha dito que não tem objetivo de instaurar um estado 
evangélico no Brasil, "OS PAÍSES MAIS PRÁTICOS 
E AS DEMOCRACIAS MAIS EVOLUÍDAS DO 
MUNDO TEM ORIGEM NO PROTESTANTISMO". 

Já Crivella adotou um tom mais ameno em relação aos direitos civis 
dos homossexuais, mas foi duro em relação ao STF que, segundo 
ele, está agindo politicamente e se imiscuindo em temas que dizem 
respeito ao Legislativo: 

"O CONGRESSO TEM QUE SE LEVANTAR CONTRA 
O ATIVISMO POLÍTICO DO STF. SÓ O 
CONGRESSO PODE DETÊ-LOS", 

afirmou o senador. 

A contrariedade maior de Crivella é em relação ao ministro Ayres 
Brito: 

"FUI O RELATOR DO PROCESSO DE APROVAÇÃO 
DO AYRES BRITTO NO SENADO E NA ÉPOCA 
ALGUNS COLEGAS ME ALERTARAM QUE ELE TEM 
PRETENSÕES POLÍTICAS MAS NÃO DEI 
OUVIDOS. ELE FOI CANDIDATO A DEPUTADO 
PELO PT DE SERGIPE E NÃO FOI ELEITO. 
AGORA QUER SE VINGAR DO POVO SERGIPANO 
E LEVAR NA MÃO GRANDE", 

acusou. Segundo ele, o Congresso trabalha em um projeto de lei que 
contemple tanto os direitos civis gays quanto os dos pastores 
evangélicos de pregarem contra a prática homossexual. "O QUE 
NÃO PODE É QUERER FAZER NA MARRA. AÍ 
DESENCADEIA REAÇÕES RADICAIS COMO A 
QUE VIMOS AGORA A POUCO", disse ele, em 
referência a Malafaia. 

A reportagem abordou um grupo de oito jovens que veio de Cidade 
Adhemar para a marcha e perguntou quais as opiniões deles sobre 
direitos homossexuais, homofobia, aborto e legalização da maconha. 
Com visual moderno, estilo emo, todos disseram ser contra a união 
civil de pessoas do mesmo sexo, aborto e legalização das drogas e 
defenderam os pastores que consideram o homossexualismo uma prática 
pecaminosa. 

============================================== 

IGREJA ATACA UNIÃO GAY 

http://primeiraedicao.com.br/noticia/2011/06/24/igreja-ataca-uniao-gay 

============================================== 

A ‘união conjugal’ de pessoas do mesmo sexo tem pela frente uma 
adversária de peso: a igreja. Não apenas a principal delas, a 
Católica, mas as evangélicas em geral. 

Nesta quinta-feira, o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de 
Deus, atacou duramente a união gay a falar para cerca de um milhão e 
500 mil pessoas em São Paulo. 

Durante a tradicional Marcha por Jesus (realizada três dias antes 
da Parada Gay) gritou Malafaia: 

"O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL RASGOU A 
CONSTITUIÇÃO QUE, NO ARTIGO 226, 
PARÁGRAFO 3º, DIZ CLARAMENTE QUE UNIÃO 
ESTÁVEL É ENTRE UM HOMEM DO GÊNERO 
MASCULINO E UMA MULHER DO GÊNERO 
FEMININO. UNIÃO HOMOSSEXUAL UMA 
VÍRGULA". 

O discurso do líder da Assembleia de Deus foi feito para a multidão 
concentrada na Praça Heróis da Força Expedicionária 
Brasileira, na zona norte de São Paulo. Ele estava ao lado do 
prefeito Gilberto Kassab, que se manteve discreto. 

O pastor disse: 

"QUEREM COLOCAR UMA MORDAÇA EM NOSSA 
BOCA. NÃO! MIL VEZES NÃO!" 

Enquanto a multidão demonstrava apoio repetindo "NÃO, MIL 
VEZES NÃO" com palmas e acenos de mão, Kassab preferiu a 
discrição, citando a importância do evento para a cidade. Depois, 
disse aos jornalistas que todos têm direito de expressar suas 
opiniões. Tanto a Marcha para Jesus quanto a Parada Gay, que 
ocorre no domingo, têm apoio da Prefeitura e fazem parte do 
calendário de eventos da cidade. 

Regada a água, refrigerante e suco, a Marcha começou pontualmente 
às 10h. A caminhada teve início na Avenida Tiradentes, próximo 
à Estação Luz do Metrô. Antes, a multidão já lotava 
estações e vagões dos trens do Metrô. Idosos, jovens, casais e 
muitas crianças cantavam e dançavam músicas evangélicas nos estilos 
pop, axé, infantil e hip-hop que tocavam em nove trios elétricos. 

No caminho, ambulantes vendiam de tudo, enos bebida alcoólica. 
"Evangélico não toma cerveja. Bebida alcoólica a gente está 
guardando para vender na Parada Gay", disse um camelô, que não 
quis se identificar. 
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