Junior Miranda

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Deputados descobrem armação da Globo contra Pr. Marcos Pereira da Silva

O Deputado Estadual Paulo Ramos (PDT), juntamente com outros Deputados, saíram em defesa na Tribuna da Assembleia Legislativa, do Pr. Marco Pereira da Silva, que foi preso acusado por seis estupros.
Assista ao vídeo e abaixo a transcrição dos discursos dos deputados… É muito forte a manipulação que a Globo esta fazendo.
A Vida, a Liberdade e a Honra – direitos fundamentais do cidadão

O SR. PAULO RAMOS* – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, muitos – não
poucos – são os brasileiros que lutaram para que vivêssemos o estado
democrático de direito no Brasil. O estado democrático de direito passa a
ser respeitado quando os direitos e as garantias individuais são observados
pelo Estado, isto é, o cidadão precisa ter os seus direitos respeitados.
Não pode, em nome de qualquer pretexto, o Estado, por meio de seus agentes,
exorbitar de suas atribuições.

Estamos vivendo no Estado do Rio de Janeiro, em relação a vários casos
concretos, uma situação que se equipara ao nazifascismo quando os cidadãos
se sentem fragilizados e violentados pelo próprio Estado.

Dentre os direitos fundamentais do cidadão estão a vida, a liberdade e a
honra. O Estado não pode mobilizar meios para se insurgir contra qualquer
cidadão, criando uma situação de tamanha arbitrariedade que impossibilita a
afirmação de direitos. Pior ainda quando o Estado, por meio de seus
agentes, ainda se alia aos meios de comunicação.

Já ocupei esta tribuna em diversas oportunidades <#> para denunciar a
violência de que vem sendo vítima o Pastor Marcos Pereira. Há pouco mais de
um ano, com uma orquestração levada a efeito pelo Sistema Globo, o Pastor
Marcos Pereira passou a ser vítima, primeiro de acusações levianas e depois
do uso da máquina do Estado, através da Polícia, para simular a realização
de investigações em torno das denúncias que foram feitas por uma figura que
se associou ao Estado e vem desenvolvendo alguns projetos “sociais”, única
e exclusivamente com o objetivo de desviar recursos públicos, porque as
prestações de conta são todas forjadas, que é o Sr. José Júnior do
AfroReggae.

Antes se apresentou como uma espécie de parceiro do Pastor Marcos Pereira
nas ações sérias, que eram implementadas pelo pastor. Aliás, governantes,
secretários, inclusive o Governador Sérgio Cabral, em diversas
oportunidades, pediu socorro ao Pastor Marcos Pereira em face, às vezes,
até de rebeliões em presídios. E não apenas isso, mas até apoio eleitoral.
O Pastor Marcos Pereira foi útil.

De repente, surge o Sr. José Júnior. Ele faz as acusações e o Sistema Globo
repercute, transforma em escândalo, e a Polícia Civil abre investigações.
Mais de um ano e as investigações não são concluídas. De repente, ainda não
sabemos qual foi a motivação adicional. Surpreendentemente, a Delegacia de
Combate às Drogas, investiga alegados estupros. Deveria, pelo menos,
transferir para a Delegacia de Proteção à Mulher, porque se a Delegacia de
Combate às Drogas investiga estupros, ou denúncia de estupros, podemos
estar convencidos de que a Delegacia dos Idosos e a Delegacia da Mulher
estão investigando homicídios, tráficos de entorpecentes.

A Polícia Judiciária, através da ação coordenada e de cumplicidade, até da
sua dirigente, chefe de Polícia, quiçá o Secretário de Segurança, dirige a
investigação para alcançar resultados adrede pré-estabelecidos.

Ontem, a Delegacia de Combate às Drogas prendeu o Pastor Marcos Pereira, em
face de um mandado de prisão, expedido pela juíza da 2ª Vara Criminal de
São João de Meriti, a pedido do DCOD. A prisão foi efetuada por volta de
vinte e duas horas, vinte e duas e trinta e não surpreendentemente os meios
de comunicação já estavam lá. Como? Quem mobilizou a televisão? Quem
mobilizou os meios de comunicação? Temos uma operação policial planejada e
de má fé para pegar um fato, que não é verdadeiro, dando uma repercussão
com a versão que interessa aos detratores.

É duro verificar que especialmente três jornais: O Globo, O Dia, mas
principalmente o Extra, que diz o seguinte: o Pastor Marcos Pereira casou
com a Sra. Ana Madureira no ano de 1989 – ainda não eram evangélicos – e
depois de cinco anos o pastor Marcos Pereira se converteu e passou a
organizar manifestações religiosas às 2ª feiras, em sua residência.

Após alguns anos de casado, a Sra. Ana Madureira recebeu uma mensagem de
Jesus – está no jornal isso! –, dizendo que havia o propósito de o Pastor
Marcos Pereira estuprá-la – e vejam só o encadeamento! – para que ela
engravidasse, para que ele depois a acusasse de adultério. Uma história sem
pé nem cabeça! E o Sr. Marcos Pereira tem com a Sra. Ana Madureira dois
filhos.

Não só a esposa está aqui, como os dois filhos estão aqui na Assembleia
Legislativa. Nós temos aqui, então, o testemunho vivo de que tudo o que
está sendo divulgado não passa de uma grande armação. Com qual propósito?
Única e exclusivamente o de alcançar a honra do Pastor Marcos Pereira?
Tentar destruir a obra que ele vem construindo? Ou, ao contrário,
estabelecer um biombo em homenagem ao AfroReggae do Sr. José Júnior para
que, inclusive com a cumplicidade da TV Globo e do sistema Globo, ele
continue desviando recursos públicos, a ponto de – vejam que absurdo! – o
AfroReggae mediar a ida de policiais civis e militares brasileiros ?
Espanha?

O SR. PRESIDENTE (Roberto Henriques) – Deputado Paulo Ramos, com a
concordância do Deputado Dionísio Lins, quero ceder os dez minutos de que
disporei, já que estou inscrito, para V.Exa.

O SR. PAULO RAMOS – Deputado Roberto Henriques, agradeço muito.

Só para concluir, Deputado Geraldo Pudim, já vou lhe conceder o aparte. Foi
por intermédio do Sr. José Júnior que a missão brasileira na Espanha teve a
possibilidade de uma interlocução com a Polícia espanhola. Ora, vejam só!
Eu sou oriundo dos quadros da Polícia Militar. Convivi com cursos e mais
cursos na Polícia Militar, indo ao exterior, numa interlocução de governo
para governo. Não é interlocução por intermédio de uma ONG, que não tem
nenhuma reputação! O objetivo, qual é? É dar ao Sr. José Júnior uma capa de
vestal que ele não tem.

Sr. Presidente, o Pastor Marcos Pereira está preso por uma decisão judicial
que se fundamenta em mentiras. E dizem mais: que, além de estuprar a
esposa, que manteve com ele relações sexuais sendo forçada, há ainda quatro
outras pessoas que também foram violentadas; que o apartamento que o Pastor
Marcos Pereira tem, declarado no Imposto de Renda, num prédio na Av.
Atlântica, que eu conheço, vale oito milhões. Talvez oito milhões seja o
preço da cobertura que, na época, o Sr. Roberto Marinho vendeu para o Sr.
Anísio Abraão David. Nós já sabemos disso. Às vezes, aqueles que têm
procedimentos escusos, como é o caso dos controladores da TV Globo, como é
o caso do Sr. José Júnior, têm força para atribuir aos outros aquilo que
eles fazem. A vitimação do Pastor Marcos Pereira também alcança muitos
outros cidadãos do nosso Estado. Mas a publicidade, a orquestração, a
divulgação se dão em torno do Pastor Marcos Pereira, principalmente em
decorrência daquilo que ele representa.

Já estamos com os familiares aqui. Vamos encaminhar isso à Comissão de
Direitos Humanos. A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa
tem o dever de ouvi-los. Vamos requerer a convocação dos acusadores na
Comissão de Direitos Humanos; vamos requerer a convocação das supostas
vítimas, mas vamos requerer também a convocação da Chefe de Polícia e do
delegado ou da delegada responsável por uma investigação que tem mais de um
ano. E a investigação agora está iniciando… A denúncia que está sendo
feita agora já é renovada, ela já aconteceu um ano atrás. Aí eles vão
embutindo inúmeros outros fatos, atribuindo, jogando com o inconsciente
coletivo, com a falta de sentido crítico, porque muita gente não lê a
notícia, só lê a chamada e acaba acreditando.

Desgraçadamente, a nossa imprensa, que não é nada democrática e muitas
vezes é corrupta, e digo isto com conhecimento, a começar pelo Sistema
Globo, que patrocinou a ditadura, se beneficiou da ditadura, cresceu com a
ditadura e hoje mama nas tetas dos governos, vive de investimentos
públicos, às vezes até chantageando governos. Como é que fica, então? Se
tem o poder de chantagear governos e governantes, como fica o cidadão comum
diante dessa opressão?

O SR. GERALDO PUDIM – V. Exa. me concede um aparte?

O SR. PAULO RAMOS – Pois não, Deputado Geraldo Pudim.

O SR. GERALDO PUDIM – Eu pedi um aparte a V. Exa. para parabenizá-lo pelo
discurso que está fazendo em relação ao Pastor Marcos Pereira. V. Exa. o
conhece muito bem, conhece sua obra e, como ninguém nesta Casa, é capaz de
fazer, sob o ponto de vista didático e cronológico, com perfeição, a
narrativa dos fatos.

O que me incomoda e queria trazer aqui à discussão é que, num momento como
este, em que o Sistema Globo dá uma derrapada com a questão do Matemático,
um fato como esse surge imediatamente. Nós, que somos do mundo político,
sabemos como isso funciona. Com a notoriedade do Pastor Marcos Pereira, com
o que isso poderia proporcionar, inclusive, ao mundo dos evangélicos, isso
fatalmente hoje tomou conta de todos os noticiários e há um esquecimento da
questão do Matemático, que ainda precisa ficar esclarecida, acerca da
derrapada que o Sistema Globo de Televisão deu. V. Exa. disse com muita
propriedade, Deputado, é desproporcional. Você pega um cidadão, você
denuncia, você julga e você condena na mesma matéria, sem que a pessoa
tenha sequer o direito de falar uma linha em sua defesa.

Eu queria parabenizar V. Exa., estou solidário com a família do Pastor
Marcos Pereira, que aqui está. No que depender de mim, estarei à disposição
também de V. Exa. no sentido do encaminhamento dessa questão à Comissão de
Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Alerj, que precisa acompanhar.
Debaixo desse angu tem caroço.

O SR. PAULO RAMOS – Deputado Geraldo Pudim, eu não conhecia o Pastor Marcos
Pereira um ano atrás, quando verifiquei a orquestração feita pela Globo. Eu
sempre digo que desconfio de tudo que vem da Globo, tudo, porque conheço há
muitos anos. Não só conheço, já investiguei, sei do procedimento escuso – e
não estou falando dos jornalistas, estou falando daqueles que são os
controladores, que, inclusive, causam constrangimentos aos profissionais.
Aliás, por vezes, os profissionais da Globo são agredidos na rua, não
conseguem fazer as reportagens, porque já existe uma repulsa na população.

Muitos anos atrás, nem tem muito tempo assim, eu me lembro que havia um
slogan que cantávamos na rua nas manifestações públicas: “É roubo! É roubo!
É roubo! É tudo Rede Globo!”

O SR. GILBERTO PALMARES – V. Exa. me concede um aparte?

O SR. PAULO RAMOS – Pois não, Deputado Gilberto Palmares.

O SR. GILBERTO PALMARES – Deputado Paulo Ramos, eu também queria saudar,
parabenizar V. Exa. por mais uma vez, como é da sua característica como
Parlamentar, sair em defesa com desassombro de alguém que às vezes está
sendo linchado sem que nem lhe seja dada a chance de se colocar, de falar.
Não conheço o Pastor Marcos Pereira, não sou evangélico, mas acho que, como
parlamentar, como um dos representantes do povo do Rio de Janeiro, não
posso aceitar que alguém seja achincalhado publicamente, com indícios
claros de manipulação, sem que se dê voz às pessoas.

Eu quero endossar a proposição de V.Exa. de que a Comissão de Direitos
Humanos ouça os familiares, ouça a família do Pastor Marcos Pereira, e
coloco o meu mandato também à disposição. Acho que é responsabilidade nossa
aqui – mesmo que isso nos cause dissabor, mesmo que isso nos cause algum
problema com esse ou aquele setor da mídia, para isso somos representantes
da população – nos colocarmos ao lado daquelas famílias, daquelas
personalidades que às vezes estão sendo achincalhadas, estão sendo
linchadas, com interesses escusos e sem nem mesmo ter a chance de se
colocar.

Então, parabéns a V.Exa.

O SR. PAULO RAMOS – Agradeço, Deputado Gilberto Palmares. E digo: ninguém,
em sã consciência, é contra a que haja investigação de qualquer denúncia,
mas nesse caso específico há, obviamente, uma manipulação. Há um ano e meio
a denúncia foi feita, mas com uma versão ainda menos tímida na questão do
estupro. Mas agora chegaram às raias do absurdo, porque os familiares estão
aqui. As pessoas citadas nas matérias estão aqui – a esposa, os filhos,
aliás, a esposa com quem o pastor continua casado. Como?

Eu digo isso, aproveitando a presença do Deputado Marcelo Freixo, que
preside a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, que é uma oportunidade,
Deputado Pudim e Deputado Gilberto Palmares, de nos reunirmos com os
familiares. Vamos ouvi-los – os familiares estão aqui -, porque a opressão
é tão grande que o cidadão, isoladamente, não tem possibilidade de reagir.
Já está até encarcerado.

A juíza que determinou a prisão está devidamente informada? Ela se
fundamentou em quê para determinar a prisão preventiva? Poderia o pastor
dificultar as investigações? Interferir? Mas há quanto tempo isso está
sendo investigado?

Porém, a grande questão é que os principais, ou a principal protagonista,
que é o motivo do maior escândalo na mídia, está aqui, que é a esposa.

Então, Sr. Presidente, eu disse aqui: eu não conhecia o Pastor Marcos
Pereira. Passei a conhecer, fui algumas raríssimas vezes lá para conhecer a
obra e encontrei, visitando a obra, promotores, desembargadores, Deputados,
vereadores. Na última vez em que lá estive, esteve, no local, o Pastor
Abner, da Assembleia de Deus, aliás, da Igreja Batista.

O SR. SAMUEL MALAFAIA – Assembleia de Deus, de Madureira.

O SR. PAULO RAMOS – Assembleia de Deus, de Madureira. Esteve lá! O
depoimento do Pastor Abner, em homenagem ao Pastor Marcos Pereira, chegou
até a ser emocionante para quem não estava acostumado a ouvir e nem a
frequentar os cultos.

O SR. MARCELO SIMÃO – Um aparte?

O SR. PAULO RAMOS – Então, o que eu quero, Deputado Malafaia, também V.Exa.
meu outro colega parlamentar, que é de São João de Meriti, que conhece lá,
certamente já esteve lá, mas o Deputado Samuel Malafaia ainda é evangélico


Isto ainda pode ser parte dessa tentativa de promover conflitos religiosos,
porque sabemos – nós sabemos! – que o sistema Globo é um sistema católico.
Os católicos não têm culpa! O povo católico, o povo evangélico são vítimas,
porque existe um esforço para jogar uma corrente contra outra.

Deputado Malafaia, vou dar aparte a V.Exa., é preciso que, pelo menos,
nesta Casa, a bancada evangélica, que conhece o pastor Marcos Pereira, não
permita esse linchamento. Pois não, Deputado.

O SR. MARCELO SIMÃO – Deputado, só para engrandecer a sua falação, eu até
me emociono, pois eu conheço o pastor Marcos há muitos anos. Sou nascido e
criado em São João de Meriti e antes de ser político, antes de ser
comerciante, desde novinho, já conheço há muitos anos o pastor Marcos e
toda a sua família. Conheço o seu trabalho, esse trabalho maravilhoso, de
retirar jovens das ruas; vários jovens. Já frequentei também vários cultos
junto com o pastor Marcos e – hora alguma – houve algo que desabonasse a
conduta do pastor Marcos, pelo contrário, qualquer tipo de problema em São
João de Meriti ele estava sempre presente para tentar resolver.

Estamos indignados com essa situação. Eu tenho certeza de que esta Casa vai
apoiar o pastor Marcos, conforme está fazendo pela manifestação de vários
Deputados. Vamos juntos apoiá-lo. Como o senhor falou, não deu condições
nem dele se defender. Não há prova alguma. É uma covardia! Esta Casa não
vai se calar!

Muito obrigado.

O SR. PAULO RAMOS – Deputado Marcelo Simão, eu estou marcando no Ministério
Público uma audiência com o Procurador Geral de Justiça, pedindo que ele
convoque também o Procurador de Justiça responsável pela área de direitos
humanos. Peço aos Deputados, que defendem o estado democrático de direito,
que defendem os direitos humanos, que compareçam.

Mas o testemunho de V.Exa., Deputado Marcelo Simão, é um testemunho
importante, porque o meu testemunho ainda poderia ser colocado em dúvida,
porque eu não o conheço bem, não tive tanta convivência, passei a conhecer
e a conviver há muito pouco tempo. Mas V.Exa. vem aqui e diz: “Há muitos
anos…

O SR. MARCELO SIMÃO – Há muitos anos.

O SR. PAULO RAMOS – “…acompanho e conheço…”

O SR. MARCELO SIMÃO – Conheço o trabalho há muitos anos mesmo.

O SR. PAULO RAMOS – Então, é preciso que alguns, inclusive, abandonem o
preconceito; porque existe um preconceito.

O SR. MARCELO SIMÃO – Só para completar: eu sou católico, não sou
evangélico, mas respeito todas as religiões. Eu poderia estar aqui neutro
na situação, mas tenho que reconhecer o trabalho. Eu reconheço. Sei que é
uma pessoa séria, se não fosse não estaria nem falando aqui, até porque
todo mundo sabe que eu sou católico, a minha religião é católica. Eu sempre
estive lá, porque acredito no trabalho dele, sempre acreditei e acredito no
trabalho dele, do grupo dele, das pessoas que o cercam, por isso sempre
teve a minha presença lá.

O SR. PAULO RAMOS – Deputado Samuel Malafaia, por favor. Vou concluir, Sr.
Presidente.

O SR. SAMUEL MALAFAIA – Meu querido Deputado Paulo Ramos, o senhor tem
tomado essa tribuna para colocar de forma equilibrada a defesa e a
observação sobre o encaminhamento de uma defesa para esse pastor. Eu creio
que a nossa Comissão de Direitos Humanos, comandada pelo Freixo, é muito
competente; tem mostrado interesse e disposição para desvendar e defender
várias áreas da sociedade. Então, não é por ser pastor ou por ser padre que
não irá desenvolver o seu trabalho de eficaz importância.

Só quero dizer uma coisa: pode ser que não tenhamos as informações todas
das investigações, porque não fazemos o papel da Polícia. Mas se o pastor
for absolvido, alguém que o está acusando terá que pagar. Se por acaso
houver algum deslize, aí batemos na posição de que nenhum homem é
infalível. Se por acaso houver algum deslize que todos fiquem cientes e
preparados em saber que somos falhos e que pode ter havido uma derrapada,
porque não existe homem infalível como, às vezes, querem dizer que alguém é
santo e infalível. Para isso temos os entes que devem levantar a questão.

Agora que foi feito esse trabalho de divulgação, de escândalo, V.Exa.
levantou e argumentou muito bem da necessidade da nossa Comissão de
Direitos Humanos centrar e averiguar onde está o cerne da questão e se há
culpabilidade ou não, e se não houver, os que o acusam injustamente devem
ser penalizados.

Obrigado.

O SR. PAULO RAMOS – Deputado Samuel Malafaia, a grande questão não é de
deslize. Não estamos tratando de falhas humanas, que são naturais. Estamos
tratando de denunciação caluniosa. Estamos tratando de uma orquestração
para alcançar o trabalho a partir da destruição da honra da pessoa. Por
quê? As coisas são muito notórias. Estamos com os familiares aqui. Imagina
a situação dos familiares? Como ficam os filhos nos ambientes que
frequentam? Passam por constrangimento.

A grande questão é que o Pastor Marcos Pereira está injustamente
encarcerado. Ele está preso! Ele está preso em função de um inquérito que,
com certeza, forjou provas. Estamos com a esposa aqui. Alegam que a esposa
diz que foi estuprada pelo marido em casa. Olha, para engravidar e ser
acusado da prática de adultério. Como se não houvesse mecanismo de
comprovação de paternidade; quer dizer, é um desafio à razão, à razão
imediata, ao raciocínio lógico, imediatamente lógico.

Deputado Roberto Henriques, eles ousam atribuir às pessoas de forma
calhorda, insustentável procedimentos que necessariamente não condizem com
a verdade.

O SR. MARCOS ABRAHÃO – V.Exa. me concede um aparte?

O SR. PAULO RAMOS – Pois não, Deputado Marcos Abrahão, concedo o aparte,
para eu poder terminar.

O SR. MARCOS ABRAHÃO – Só para esclarecer, é uma situação que veio
anunciada. Há algum tempo vimos na televisão nos canais de comunicação o
conflito entre o Pastor Marcos Pereira e o Presidente do AfroReggae, José
Júnior – se não me engano, é o nome dele – bandido, marginal. Isso foi
anunciado lá atrás. Se prenderam o Pastor Marcos Pereira, esse menino do
AfroReggae tinha que ser o primeiro a ser preso, que é marginal com
associação ao tráfico. Se prenderam o Pastor Marcos Pereira, por denúncia
dele, que eu tenho certeza, Deputado Waguinho, ele também tem que ser
preso. Ele tem que ser o primeiro a ser preso. Antes do Pastor Marco
Pereira, tem que prender esse bandido, marginal, esse menino do AfroReggae.
Conhecemos bem a história dele.

Infelizmente, o Pastor se envolveu com ele, no passado. E quem se mistura
com porco, farelo come. Hoje, o Pastor está pagando, por ter se aliado a
ele, pensando que ele era boa coisa naquela comunidade. Maldito do homem
que acredita no outro, diz a Bíblia.

A Juíza, no alto da sua magnitude, tinha que fazer o óbvio, mandar prender
o presidente do AfroReggae. Ele, sim, é um marginal esclarecido e declarado
por toda a comunidade, mas está colado com a *Rede Globo de Televisão*, com
o jornal *Extra, *com o jornal *O Dia, *com o* Globo.*

Sabemos bem dessa máfia que é a *Rede Globo*. Ele é contratado da televisão
e é protegido. Somos aqui achincalhados todos os dias por essa mídia safada
e mentirosa de que falei ontem. Não é diferente! Estou enojado, Deputado
Paulo Ramos, com os fatos que acontecem!

Um cidadão, Deputado Waguinho, é culpado até que se prove o contrário,
rasgando-se a Constituição do nosso País. Não estou absolvendo nem acusando
o Pastor Marcos Pereira, mas a Lei tem que ser igual para todos, e não é. A
Lei do nosso Estado e do nosso País é o que os veículos de comunicação
querem, principalmente a *Rede Globo* e esses jornalecos.

Muito obrigado.

O SR. PAULO RAMOS – Muito obrigado, Deputado Marcos Abrahão.

O SR. PRESIDENTE (Roberto Henriques) – Conclusão, Excelência.

O SR. PAULO RAMOS – Um aparte ao Deputado Pastor Armando para eu poder
concluir, Sr. Presidente.

O SR. ARMANDO JOSÉ – Deputado Paulo Ramos, V.Exa. está sempre falando de
uma situação em que a *Rede Globo* é referência negativa dos fatos. Quanto
ao fato em si, sabemos de muitas coisas que só a *Globo*mostra, só *O
Globo* fala,
e a coisa fica no ar.

Especificamente, pelo Pastor Marcos Pereira tenho carinho muito grande,
Deputado Waguinho. Quantas vezes já ficamos juntos no altar, num *show
gospel*, na igreja? Conheci a igreja do Pastor quando ela era só embaixo.
Graças a Deus, Deus abençoou, está abençoando e não vai fazer falta. Deus é
com todos vocês da família e com ele.

Quero dizer dessa situação que é apresentada pela *Rede Globo* contra um
evangélico. O Pastor e Deputado Samuel Malafaia sente isso na pele, sabe
como seu irmão é perseguido também por um grupo que não tem nada a dizer.
Agora, deixar como está não pode ser, a coisa ficar como está não pode ser.
A nossa Comissão de Direitos Humanos deve tomar uma providência séria para
saber dos fatos, para examinar as situações de verdade e mostrá-las para a
população.

Haverá duas correntes paralelas de investigação, de averiguação do fato,
Deputado Paulo Ramos. Por isso, conta com o nosso apoio no que for
possível, no que precisar. Como o Deputado Paulo Ramos falou, não se pode
deixar isso ficar às escuras.

Obrigado, Deputado Paulo Ramos.

O SR. PAULO RAMOS – Eu agradeço, Deputado Pastor Armando.

Concluo, Sr. Presidente, dizendo que a notícia é requentada, mas a ela se
incorpora uma decisão judicial que se baseou em provas forjadas. É claro
que defendemos a investigação. Ninguém está acima de qualquer suspeita,
mas, nesse caso específico, existe uma afronta, uma agressão à verdade, uma
manipulação. Mais de um ano de investigação e, agora, requentam a matéria.

Desconfio até da Juíza que determinou a prisão, ela está sob suspeição. Não
é possível, porque o que consta como prova não tem qualquer sustentação, a
começar pela Delegacia de Combate a Drogas investigando estupro. Já é um
desvio, pelo menos.

Sr. Presidente, está aqui o grande Waguinho, uma figura conhecida. Usando
uma expressão – não sou nem tão autorizado a usá-la –, o Waguinho é um
exemplo da obra do Pastor Marcos Pereira. É um exemplo público, de grande
notoriedade, que seguia a sua vida num rumo e que, de repente, ouvindo a
palavra do Pastor Marcos Pereira, Waguinho reorientou completamente a sua
vida e está aqui, acompanhando a família.

Sr. Presidente, venho denunciar que o Pastor Marcos Pereira está sendo
vítima de uma perseguição patrocinada pelo Estado e com a orquestração do
Sistema Globo. Ele não é estuprador, isto não é verdade! O Pastor
desenvolve uma atividade pública, que basta visitar para, pelo menos,
conhecer.

Agradeço a V. Exa. a tolerância, Sr. Presidente. Solicito aos Deputados que
estejam comprometidos com o estado democrático de direito, com a defesa dos
direitos humanos, com a defesa dos direitos e garantias individuais, o que
vem sendo negado ao Pastor Marcos Pereira. Que possamos ouvir seus
familiares, especialmente sua esposa, centro das notícias de hoje.

Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Roberto Henriques) – Eu cedi meu tempo ao Deputado Paulo
Ramos e fui tolerante a respeito do tempo por ele utilizado em função do
tema abordado por S. Exa.

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Fonte: Portal Padom
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