Novo Congresso, que assume em janeiro, terá ao menos 55% de deputados contrários a interromper gravidez.
Dezenas de deputados republicanos de forte posição antiaborto chegarão ao Congresso americano em janeiro, e essa nova força já está munida de planos para tentar limitar a prática nos EUA.
O primeiro sinal dos desafios que os próximos dois anos trarão para os favoráveis ao direito ao aborto foi a nomeação do deputado Joe Pitts para uma subcomissão de Saúde da Casa.
Pitts é considerado um dos mais ferrenhos opositores ao aborto da Câmara, com nota zero de grupos de defesa da legalização da prática como o Planned Parenthood (paternidade planejada).
Ele terá aliados em postos importantes. O líder da Câmara a partir de janeiro será John Boehner, contrário à interrupção da gravidez.
Sem falar numa explosão de votos antiaborto que a Casa terá como resultado da onda conservadora que varreu o país na última eleição.
Ao menos 45 cadeiras passam a partir de janeiro das mãos de deputados pró-direito ao aborto para deputados antiaborto, de acordo com o jornal "The New York Times".
QUALQUER COISA
Segundo o instituto Guttmacher, de pesquisa e lobby em planejamento familiar, eventuais projetos de lei que visam restringir o acesso ao aborto nos EUA contarão com ao menos 240 votos de 435 na Câmara, ou 55%.
"Basicamente, eles poderão aprovar qualquer coisa que quiserem", disse à Folha Susan Cohen, diretora de assuntos governamentais do Guttmacher.
A questão deverá ser abordada primeiro em aspectos da reforma da saúde promovida pelos democratas.
Foi forte a discussão sobre o aborto antes da passagem da reforma. A Casa Branca afirma que nenhum centavo público financiará diretamente abortos.
Mas a bancada conservadora quer garantir que não haja verba federal ligada a planos de saúde privados que incluam o aborto.
"A nova lei da saúde está repleta de buracos que permitirão que os contribuintes paguem por cobertura que inclui o aborto", afirma Pitts.
Conservadores também planejam retomar a chamada "lei da mordaça", que impedia que verba dos EUA fosse destinada a programas de saúde no exterior que mencionam o aborto como opção para planejamento familiar.
A regra foi revertida pelo presidente Barack Obama.
E os conservadores devem tentar descredenciar de programas federais subsidiárias de grupos que contam com o aborto na cartilha da assistência a mulheres.
O Senado e a Câmara também deverão se chocar, já que o primeiro irá continuar a ser controlado pelo Partido Democrata.
Fonte: Folha de São Paulo
Dezenas de deputados republicanos de forte posição antiaborto chegarão ao Congresso americano em janeiro, e essa nova força já está munida de planos para tentar limitar a prática nos EUA.
O primeiro sinal dos desafios que os próximos dois anos trarão para os favoráveis ao direito ao aborto foi a nomeação do deputado Joe Pitts para uma subcomissão de Saúde da Casa.
Pitts é considerado um dos mais ferrenhos opositores ao aborto da Câmara, com nota zero de grupos de defesa da legalização da prática como o Planned Parenthood (paternidade planejada).
Ele terá aliados em postos importantes. O líder da Câmara a partir de janeiro será John Boehner, contrário à interrupção da gravidez.
Sem falar numa explosão de votos antiaborto que a Casa terá como resultado da onda conservadora que varreu o país na última eleição.
Ao menos 45 cadeiras passam a partir de janeiro das mãos de deputados pró-direito ao aborto para deputados antiaborto, de acordo com o jornal "The New York Times".
QUALQUER COISA
Segundo o instituto Guttmacher, de pesquisa e lobby em planejamento familiar, eventuais projetos de lei que visam restringir o acesso ao aborto nos EUA contarão com ao menos 240 votos de 435 na Câmara, ou 55%.
"Basicamente, eles poderão aprovar qualquer coisa que quiserem", disse à Folha Susan Cohen, diretora de assuntos governamentais do Guttmacher.
A questão deverá ser abordada primeiro em aspectos da reforma da saúde promovida pelos democratas.
Foi forte a discussão sobre o aborto antes da passagem da reforma. A Casa Branca afirma que nenhum centavo público financiará diretamente abortos.
Mas a bancada conservadora quer garantir que não haja verba federal ligada a planos de saúde privados que incluam o aborto.
"A nova lei da saúde está repleta de buracos que permitirão que os contribuintes paguem por cobertura que inclui o aborto", afirma Pitts.
Conservadores também planejam retomar a chamada "lei da mordaça", que impedia que verba dos EUA fosse destinada a programas de saúde no exterior que mencionam o aborto como opção para planejamento familiar.
A regra foi revertida pelo presidente Barack Obama.
E os conservadores devem tentar descredenciar de programas federais subsidiárias de grupos que contam com o aborto na cartilha da assistência a mulheres.
O Senado e a Câmara também deverão se chocar, já que o primeiro irá continuar a ser controlado pelo Partido Democrata.
Fonte: Folha de São Paulo
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