Uma proposta de emenda constitucional no Minessota, Estados Unidos, gerou uma ampla discussão naquele país. Uma posição em especial tem chamado atenção e se tornou um viral na internet.
Os políticos de Minnesota estavam discutindo se deviam colocar em referendo no ano que vem uma proibição do casamento gay. O deputado Steve Simon (foto), fez um discurso pedindo que os parlamentares Câmara não coloquem a proibição do casamento gay na Constituição do Estado. O casamento gay já é proibido no estado, mas ele também contestou o tom religioso do debate, pois a maioria das pessoas que favoráveis ao referendo são líderes religiosos ou usam apenas argumentos religiosos. Ele afirmou:
“Eu sou judeu. Comer carne de porco ou moluscos não é algo permitido na minha tradição, mas eu nunca pediria ao governo que impusesse isso aos nossos concidadãos… Temos de ser cuidadosos com a tentativa de afirmar nossas crenças, mesmo que sejam religiosamente válidas, não podem alterar a Constituição do Minnesota.”
Em seguida, fez referência a um líder religioso que testemunhou perante a comissão, afirmando que a sexualidade era um dom de Deus. “Eu acho que isso é verdade [...] pergunto a todos os membros dessa comissão, se isso é verdade, se é mesmo verdade, qual a força moral do seu argumento?. Quantos outros gays Deus precisa criar antes que nos perguntemos se Deus realmente quer ou não que eles existam?”
Ele foi entusiasticamente aplaudido. E o vídeo parece ter agradado também, pois já teve mais de 180.000 acessos no YouTube em três dias. O deputado se tornou uma celebridade nos blogs gays. O colunista das estrelas, Perez Hilton, ajudou a popularizar o vídeo ao postar o discurso e pedir que as pessoas “abram seus olhos, suas mentes e seus corações para mudar!”
O site Gawker acredita que Simon criou “o novo grande slogan” para a luta entre gays e religiosos.
Na mesma audiência da Comissão, o Bispo Bob Battle, da Igreja Bereana de Deus em Cristo, disse acreditar que os gays já têm plenos direitos civis, e que o casamento do mesmo sexo não é o mesmo que o casamento inter-racial, que foi proibido durante décadas nos EUA.
Em uma votação interna dos partidos, a medida foi aprovada por 10 votos a 7. Medida similar também foi aprovada por uma comissão no Senado estadual, no final de abril, depois que os deputados ouviram depoimento emocionado de familiares e apoiadores da reconhecimento da união de casais gays como “entidade familiar”.
Fonte: G+ / Pavablog
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