A pastora Lana Holder, da Comunidade Cidade de Refúgio, igreja inclusiva sediada em São Paulo, afirmou em entrevista que “a igreja que acaba de ser aberta em Porto Alegre não tem nada a ver com a gente”.
Holder criticou o discurso adotado pelo pastor Anderson Zambom e afirmou que sua ideia não é levantar bandeiras: “Eles estão usando nosso nome, nossa imagem, o que está trazendo uma proporção muito maior para eles. Gravamos um vídeo para esclarecer ao nosso público que não temos nenhuma relação com essa igreja. Quanto à fraternização, infelizmente a incompatibilidade de visão impede isso. A nossa igreja não veio para levantar bandeiras. Já nas entrevistas com os pastores da igreja que foi aberta no Rio Grande do Sul, um deles aparece segurando uma bíblia e uma bandeira gay. Nunca você vai ver uma foto minha ou da Pastora Rosana segurando uma bandeira gay com o intuito de divulgar a igreja”, pontua Lana Holder.
Na entrevista concedida ao Primeira Edição, a pastora Lana Holder afirmou que sua igreja “não é gay” e que as mensagens pregadas na Comunidade, focam na transformação: “A Cidade de Refúgio não é uma igreja gay. É uma igreja de Cristo. E, assim como toda igreja deveria ser, ela aceita a todos. Mas aceita seguindo qual ótica? De que a pessoa vem e continua do mesmo jeito? Não, a pessoa tem que vir e se dispor a mudar tudo aquilo na vida dela que vai contra os princípios da palavra de Deus. Pregamos que, da mesma forma que um heterossexual que vive na promiscuidade e na safadeza não vai para o céu, o homossexual que fizer o mesmo também não vai. A mesma bíblia do hetero é a do homo” explica a pastora.
Ela conta que sofreu retaliações quando fundou a Comunidade Cidade de Refúgio e que já esperava isso: “Quando decidimos criar a Comunidade, já tínhamos noção de que seriamos bombardeadas por outras igrejas. Tanto eu quanto a minha esposa éramos duas pessoas conhecidas dentro da igreja e que resolveram assumir sua sexualidade, indo contra tudo que ela pregava. Então, as igrejas evangélicas fundamentalistas tinham que se levantar contra”.
Lana Holder relata que chegou a ser ameaçada e que existem grupos em mídias sociais que pregam sua morte: “Recebemos uma onda de criticas, muitas ligações ofensivas e muitas pessoas vieram reclamar na porta da igreja.Chegamos a receber diversas ameaças e logo entramos em contato com a polícia. Hoje, conhecemos a polícia e o delegado da região. Em uma ocasião, inclusive, ele chegou a mandar viaturas para a porta da igreja. Existem também comunidades no Orkut que defendem a minha morte, planejam atentados contra a vida da minha esposa, contra a igreja. Mas, graças a Deus, não houve qualquer incidente”.
Fonte: Gospel+
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