Junior Miranda

sábado, 31 de março de 2012

Jovem com síndrome de Down, supera barreiras e se torna empresário

Foram seis anos juntando centavo por centavo de seu salário como empacotador de um supermercado em São Paulo para conseguir alcançar um sonho: tornar-se empresário. Depois de anos de dedicação, em julho deste ano, o jovem com Down Daniel Pontrin vai inaugurar uma lanchonete, na zona norte de São Paulo. Apesar de dar uma lição de como lidar com o dinheiro, ele conta que não quer tomar conta do caixa, mas sim, ser o chefe da cozinha.



- Adoro cozinhar. Já escolhi tudo que vamos vender por lá. Coxinha, salgados em geral, bolos, doces, refrigerantes, churrasco e tudo que tem direito. Vou comandar a cozinha. Minha família é italiana e vai dar uma grande força para tudo isso acontecer.

Apesar da paixão pela cozinha, Pontrin contou que não pretende abrir várias lanchonetes, mas, sim, apostar no esporte.

- Para falar a verdade, meu sonho mesmo é ser piloto de Fórmula 1. Adoro velocidade [risos]. Mas gosto muito também de futebol. Jogo um pouco todo dia com meus pais, tios, primos. Quando posso, estou sempre praticando.

Poltrin é mais um dos muitos exemplos de superação de pessoas com Síndrome de Down que se formaram na Abads (Associação Brasileira de Assistência e Desenvolvimento Social). A instituição completa em setembro 60 anos de história com trabalho com deficientes de Down, autismo, e deficientes mentais.
Para a presidente da Abads, Grace Pereira, a realização do jovem traz ainda mais inspiração para o trabalho da instituição, pois é possível ver que uma pessoa com deficiência pode quebrar as barreiras e se inserir no mercado de trabalho.- O Poltrin se formou aqui na nossa escola. E hoje é muito bacana ver ele inserido e já com planos de abrir seu próprio negócio. Esse é o nosso trabalho, darmos condições as crianças que chegam aqui. Darmos qualidade de vida, poder frequentar as escolas regulares normalmente, entrar no mercado de trabalho e ser inserido na sociedade.Comemoração do Dia da Síndrome de Down
No dia que se comemora o Dia Internacional de Síndrome de Down, a Abds reuniu cerca de 250 crianças da própria instituição e de escolas regulares para fazer atividades como palestras e gincanas, em sua sede, na zona norte de São Paulo na manhã desta quarta-feira (21).

Veja fotos da diversão na Abads

De maneira lúdica e vestida com roupas coloridas, a professora de arte terapia da instituição, Marcieli Santos, palestrou aos alunos e disse que as brincadeiras e a diversão são essenciais para chamar atenção do público para a questão da síndrome.

- Nas aulas procuro também usar formas alternativas para eles perceberam o próprio corpo e os limites deles. Com o contato que eles têm com materiais diferentes que eu levo, como areia, pedrinhas, tinta, faz eles experimentarem nossas situações, em que eles poderão levar para a vida toda.

A arte terapia é apenas uma das várias oficinas que a Abads oferece aos alunos fora do ensino regular que faz parte da instituição. A diretora da escola, Mária de Fátima Vasconcelos, que trabalha com deficientes há 27 anos, afirmou que o maior desafio é buscar forças e alternativas de metodologia para desenvolver em cada um deles a potencialidade que eles têm. (Veja mais detalhes no site da Abade).

Fonte: R7 / Portal Padom
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