O texto publicado por bispo Edir Macedo, no qual ele afirma que não é recomendado que os homens se casem com mulheres de etnias diferentes ou mais velhas, continua tendo grande repercussão e gerando críticas contra o líder da Igreja Universal.
O jornalista Marcelo da Cunha, publicou um artigo no Terra Magazine criticando as opiniões proferidas por Macedo e afirmando que tais ideias são apologia do racismo e da eugenia. Em sua análise, Cunha compara a posição ideológica do bispo à política do apartheid, o regime de segregação racial adotado entre 1948 e 1994 na África do Sul.
- Um Homem de Deus não deve casar com uma mulher de outra raça? Caro Edir, você realmente acha isso? Porque, se não estou lá muito enganado, isso é uma apologia do racismo e da eugenia como eu não via desde, hummm, 1933? – critica o jornalista.
Cunha destaca ainda ser um absurdo a ideia de o homem não poder se casar com uma mulher mais velha que ele, e afirma ser uma falta de pudor pregar algo desse tipo.
- Um homem deve casar com a mulher que ele encontra e ama, e com a qual ele se sinta suficientemente à vontade para compartilhar das maravilhas e esquisitices de uma vida a dois – afirma Cunha, que continua seu texto dizendo que um homem deve se casar com a mulher que o faça feliz, independente de idade ou cor de pele.
- Casem com uma mulher que faça a perna de vocês tremer na hora em que apreciam juntos o por do sol e os patinhos no lago. Casem com as pessoas que lhes parecerem as mais contentes por estarem ao seu lado. Tenham filhos com as pessoas de todas as raças possíveis e imagináveis, porque se tem uma coisa que Deus fez, existindo ou não, foi gente de todas as cores, formas, e padrões de comportamento, sexual inclusive – destaca o jornalista.
Outro ponto do artigo de Edir Macedo atacado por Marcelo da Cunha é a justificativa para dada para explicar o porquê ele é contra a união de casais “inter-raciais”. Em seu texto, Macedo diz que não haveria nenhum problema para o homem de Deus se casar com uma mulher de raça diferente da dele, se não fossem os problemas da discriminação que seus filhos poderão enfrentar nas sociedades racistas.
O jornalista critica esse pondo de vista afirmando que os filhos não têm cor aos olhos dos seus pais e mães, ou de quem os ame.
- Como eu vou poder pensar na cor do meu filho? O amor por um filho nos torna a todos, os que tenham um pingo de bom senso e amor no peito, absolutamente daltônicos – afirma Cunha, que termina dizendo que quem olha para a mulher ou homem que ama e pensa primeiro na idade; e quem olha para um filho e pensa em raça deve ser alguém frio e insensível.
Fonte: Gospel mais
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